
Fechaduras de Madeira do Corvo, feitas por José Mendonça de Inês. Foto do Centro de Artesanato e Design dos Açores.
HISTÓRIA DA FECHADURA DE MADEIRA DO CORVO
A ilha do Corvo, a mais pequena do arquipélago dos Açores, sempre foi uma ilha de confiança, por isso não ser necessário até à data de hoje, trancar as portas à chave.
Assim sendo, os Corvinos produziam as suas próprias fechaduras, que serviam apenas como salvaguarda dos ventos do inverno, recorrendo ás matérias-primas existentes na ilha. Essas fechaduras, eram feitas na totalidade em madeira de cedro, incluindo a própria chave.
Hoje em dia, ainda é possível encontrar estas fechaduras nas portas Corvinas, sobretudo nas casas de arrumos das alfaias agrícolas.
José Mendonça de Inês (17/01/1931 - 23/05/2017)
Desde muito jovem iniciou a sua atividade profissional, tendo várias profissões entre elas pedreiro, canalizador, eletricista, carpinteiro, mas foi como carpinteiro que desenvolveu os seus conhecimentos e fez a sua vida profissional.
Ainda jovem (21 anos de idade), fez aquela que foi a sua primeira fechadura. Não teve qualquer aprendizagem, fez apenas observando as utilizadas na época.
Foi em 1986 que se inscreveu como artesão no Centro Regional de Apoio ao Artesanato, e reavivou as Fechaduras de Madeira do Corvo, fazendo miniaturas daquelas que eram as fechaduras com que antigamente se fechavam as portas do Corvo, dando assim, a conhecer mundialmente as famosas fechaduras da ilha do Corvo.
Foi reconhecido pelo na altura denominado Centro Regional de Apoio ao Artesanato, hoje Centro de Artesanato e Design dos Açores, como artesão de mérito.

Foto de Enric Vives-Rubio
As Fechaduras de Madeira da ilha do Corvo, foram certificadas pela marca “Artesanato dos Açores”, pela Vice Presidência do Governo, Emprego e Competitividade Empresarial, através da Portaria n.º 15/2017 de 2 de fevereiro de 2017.

A 10 de maio de 2016, José Mendonça de Inês, artesão das Fechaduras de Madeira do Corvo, recebeu a Insígnia Autonómica de Mérito Cívico, da Região Autónoma dos Açores.
